JOGUE SUAS SEMENTES
Havia um cidadão que morava numa cidade grande e trabalhava numa fábrica
que se localizava muito longe da sua casa. Com isso ele precisa viajar de
ônibus cerca de uma hora todos os dias para chegar no seu trabalho. Na terceira
parada, sempre entrava uma senhora que se sentava no banco da janela. Ela abria
a bolsa, tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa para
fora do ônibus. A cena se repetia dia após dia.
Até que certa vez, curioso, o homem lhe perguntou: O que a senhora joga
pela janela?
- Jogo sementes.
- Jogo sementes.
- Sementes? Sementes de quê?
- De flor, é que eu olho para fora e a estrada é tão vazia... Gostaria
de viajar vendo flores coloridas por todo o caminho, imagine como seria bonito.
- Mas as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros,
devoradas pelos passarinhos. A senhora acredita mesmo que estas flores vão
nascer um dia aí na beira da estrada?
- Acho meu filho, mesmo que muitas se percam, algumas acabam caindo na
terra e com o tempo vão brotar.
- Mesmo assim, demoram para crescer, precisam de água.
- Ah, eu faço a minha parte. Sempre há dias de chuva, e se eu não jogar
as sementes aí mesmo é que as flores nunca vão nascer.
O homem desceu logo adiante, achando que a senhora já estava meio
“caduca”.
O tempo passou. Um dia, no mesmo ônibus, sentado à janela, o homem ficou impressionado ao olhar para fora e ver flores na beira da estrada, muitas flores. A paisagem estava colorida, perfumada, linda...
O tempo passou. Um dia, no mesmo ônibus, sentado à janela, o homem ficou impressionado ao olhar para fora e ver flores na beira da estrada, muitas flores. A paisagem estava colorida, perfumada, linda...
O homem lembrou-se da senhora, procurou-a no ônibus, não encontrou,
então foi perguntar ao cobrador que conhecia todo mundo por que a senhora das
sementes havia sumido?
- Pois é, morreu de pneumonia na semana p assada.
O homem voltou ao seu lugar e continuou olhando, pela janela, a paisagem
florida.
“Quem diria, as flores brotaram mesmo”, pensou. “Mas de que adiantou o
trabalho daquela senhora? A coitada morreu e não pode ver esta beleza toda”.
Neste instante, o homem escutou uma risada de criança, no banco da frente, uma
garotinha apontava pela janela, entusiasmada:
- Olha papai! Que lindo! Quanta flor pela estrada. Como se chamam
aquelas flores? São maravilhosas.
Então o homem entendeu o que a senhora tinha feito, mesmo não estando
ali para contemplar as flores que tinha plantado, a senhora devia estar feliz.
Afinal ela tinha dado um presente maravilhoso para a natureza e principalmente
para as pessoas que por ali passavam.
No dia seguinte, o homem entrou no ônibus, sentou-se no mesmo banco que
a senhora sentava, tirou um pacotinho de sementes do bolso e começou a jogar
sementes pela janela até chegar ao ponto onde tinha que descer.
Meus comentários:
Jogue você também as suas sementes, pouco importa se você vai ver as
flores ou não. Plante as sementes do amor, do carinho, da fraternidade, da
alegria, da paz, da ternura, da compreensão. Certamente, você colherá além das
lindas flores, frutos maravilhosos com sabor de felicidade, sabor de conquista.
Será que já não está na hora de perceber que nós todos somos importantes e que
nós todos, sem exceção, uns precisam dos outros? Vamos juntos plantar no
decorrer da nossa vida, as melhores sementes que existem no mundo. Assim, diz a
lei da natureza: com certeza nós sempre vamos colher tudo aquilo que
plantarmos.
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